As cortinas rasgadas do museu refletem uma história
Uma historia que se esqueceu
Que não se deixou viver
Parada no tempo,
Como se nunca houvesse existido
... e sem razão
As cortinas rasgadas do museu trazem uma dor
Uma dor, junto com os nomes das ruas,
De uma época em que se havia esperança,
Em que não se conhecia o futuro,
Só um passado terrível.
As cortinas rasgadas do museu
E os nomes das ruas...
...Das ruas, das casas e das pessoas...
Fingindo que nunca existiram,
Que nunca passou o que passou
...E sem razão.
As cortinas e as ruas estão lá,
Se escondendo, esperando que as pessoas não venham a se lembrar
Que se devia mudar...
Ou são as pessoas que se fingem de cegas?
Para querer guardar
Um passado que é ainda importante e cheio de orgulho
Mas que não se deve lembrar?
O momento é feito de outras coisas
De esquecer o passado, esquecer o orgulho...
... E de sorrir,
Sorrir e ver e aprender uma nova filosofia
A filosofia certa!
Quem não pode acreditar?
Quando todos dizem,
Todos pensam cheios de confiança:
A guerra acabou! O lado bom ganhou!
O resto...
Vamos, te dou minha mão.
E se seguir meu caminho,
Do jeito que EU te ensino,
Te salvarei.
Te salvarei e até prometo
Que posso esquecer as cortinas
As cortinas velhas e rasgadas do museu.
Julia Felmanas
Maputo 08/98
segunda-feira, 6 de abril de 2009
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